O luto pode acarretar estresse pós-traumático?

Ao longo da vida, todos estamos sujeitos a desenvolver Transtorno de Estresse Pós-traumático (TEPT). Isso porque não é necessário um evento catastrófico para que ele surja. O bullying na escola, por exemplo, já pode ser o suficiente para que o cérebro absorva essas informações de maneira traumática.

Porém um dos motivos mais comuns relatados por pacientes diagnosticados com TEPT envolve o luto de um amigo ou ente querido.

Então, vamos entender melhor o que é, quais são os sintomas e tratamentos para esse tipo de transtorno, a fim de investigar se o seu desconforto ou de uma pessoa próxima precisa de acolhimento e apoio.

Compreendendo o distúrbio e os sinais

TEPT é um dos tipos de distúrbios de ansiedade que envolve sintomas físicos, emocionais e psíquicos – estão ligados, principalmente, a recordações que nos fazem reviver o episódio ocorrido, trazendo todo o sofrimento e dor, como se fosse a primeira vez.

Os sintomas que classificam esse transtorno são divididos em grupos: reexperiência traumática (como flashbacks), esquiva e isolamento social, negatividade e sentimentos de incapacidade de se proteger, episódios de pânico com sintomas físicos (taquicardia, calor e dores de cabeça) e mentais (insônia, problemas de concentração e irritabilidade).

Até mesmo o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) pode estar relacionado com um TEPT, através de ações repetitivas para compensar a tensão ou ansiedade.

Existem alguns fatores que podem aumentar o risco de desenvolvimento desse distúrbio, como eventos traumáticos ocorridos na infância e adolescência, bullying de qualquer natureza, autismo, dificuldades no aprendizado por TDAH, problemas de socialização, mortes repentinas de pessoas queridas, entre outros.

O que pode ser feito

Apesar de não ter cura, existe tratamento para o TEPT, que acontece através da redução dos sintomas, melhora das habilidades sociais, tratamento de possíveis evoluções do distúrbio (distimia, depressão e vícios, por exemplo) e criar um ambiente emocional favorável para a realização das atividades diárias, evitando os gatilhos.

Algumas práticas também são indicadas para que promovam maior bem-estar, tais como exercícios físicos, hobbies, meditação, hábitos alimentares mais saudáveis e atividades em grupo para desenvolver melhor a socialização.

Superando a perda

Todos sabemos quão impactante e assustador pode ser vivenciar a perda de alguém que amamos, e é normal levarmos um tempo para absorver toda a nova realidade e viver o luto, respeitando nossos sentimentos e emoções. Mas saiba que é possível, sim, retomar o fôlego e ressignificar a perda, seja ela recente ou de longos anos.

Isso é possível através da terapia, onde o profissional poderá identificar e realizar o diagnóstico para uma condução mais assertiva de tratamento. Seja ela virtual ou presencial, o acompanhamento profissional tem papel fundamental para a melhora dos sintomas do Transtorno de Estresse Pós-traumático.

Conte comigo, eu posso te ajudar!

Tags:

Deixe uma resposta