Será que a sua fome é física ou emocional? Você vive ‘enfiando o pé na jaca?’ É importante refletir a respeito e observar a si mesmo!
Esse comportamento pode não estar associado à fome física com fins de nutrição, mas sim em busca do prazer momentâneo que a comida proporciona. Esse desejo pode ser causado por desequilíbrios na saúde mental.
A compulsão alimentar é um problema muito comum caracterizado por episódios de descontrole, onde o portador come de maneira exagerada mesmo sem sentir fome apenas em busca de uma sensação de bem-estar. E os alimentos preferidos estão longe de serem saudáveis, como os doces e carboidratos. Esses excessos são acompanhados de culpa, tristeza profunda, fracasso, vergonha e ansiedade.
Qual a periodicidade para definir uma compulsão? É variável, esses ‘deslizes’ podem ocorrer uma vez por semana, ou até a cada três meses. É fundamental analisar caso a caso para definir se é um problema contínuo, ou apenas quando o portador sente angústia ou ansiedade.
Quais são as causas? Há muitos ‘gatilhos’ para compulsão alimentar. Dietas restritivas por motivos diversos, por exemplo, podem iniciar uma compulsão ao aumentar o desejo pelos alimentos restritos. O estresse, ansiedade e depressão também podem ser os responsáveis pela compulsão: o alimento torna-se a compensação por um dia ruim. Os padrões estéticos inalcançáveis que afetam a autoestima gerando insegurança, também podem afetar os hábitos alimentares e gerar compulsão, especialmente em mulheres!
Quais os principais riscos e complicações?
A compulsão alimentar pode levar ao isolamento social, depressão e ansiedade (pode gerar ou intensificar os quadros pelos sentimentos de culpa, impotência e descontrole), esses fatores também aumentam os riscos de ideação de suicídio. Além disso, há a questão física: problemas gastrointestinais, desnutrição, diabetes e obesidade podem ser observados. Como tudo está integrado em nosso organismo, essas disfunções podem prejudicar a saúde emocional, contribuindo para a depressão e ansiedade. É uma via de mão dupla!
Para tratamento é fundamental o acompanhamento psicológico e nutricional. A abordagem multidisciplinar é importante para identificar gatilhos e realizar alterações efetivas nos hábitos alimentares, em prol da saúde física e mental do paciente. A realização de terapia para identificar e tratar os fatores emocionais é um dos pilares.
A mudança de hábitos simples, como exercer a atenção plena ao comer, evitando distrações de telas – como tv ou celular, também é fundamental para aumentar a sensação de saciedade e construir uma nova relação com a alimentação. Também pode ser interessante fazer um diário alimentar, colocando não apenas o que comeu, mas também as emoções que estavam presentes naquele momento. Além disso, buscar outras formas saudáveis de aliviar o estresse e sentir-se bem, como exercícios físicos e hobbys são indicados.
Se identificou com o tema? Busque ajuda! E caso você perceba que alguém próximo a você está passando pelo problema, ofereça apoio e demonstre que ele não está sozinho. Há cura para compulsão alimentar, conte comigo!