O luto é diferente quando não conseguimos nos despedir?

“E aquele adeus que não pude dar…” Despedir-se é uma etapa crucial para vivenciar o luto de maneira saudável.

Os rituais de despedida não atenuam a dor, mas ajudam a organizar os pensamentos e emoções: são uma oportunidade de partilhar a angústia, ter mais clareza mental, validar sua perda, ter apoio de amigos e família e sentir-se acolhido. Eles podem ser realizados fisicamente, mas também virtualmente, com o auxílio de chamadas de vídeo e ligações.

Os rituais particulares também são excelentes ferramentas do ponto de vista psicológico, através da elaboração de despedidas pessoais. Escrever uma carta, colocar a música preferida daquele que se foi, realizar uma oração, fazer um álbum de fotos com os melhores momentos juntos, são alguns exemplos.

Além de uma homenagem, esses momentos representam a concretização da perda, ajudam a processar e marcar o encerramento de um ciclo. Os desdobramentos dessa ausência ainda virão, e contar com a sua rede de apoio para a elaboração das próximas etapas é fundamental.

E o acompanhamento psicológico é primordial para o acolhimento das incertezas, questionamentos, culpas, além de ajudar na construção de estratégias de enfrentamento. O adeus do luto também incluirá algumas partes de quem você é, através da redescoberta das suas crenças, sonhos e vontades.

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