O “workaholic” é um termo em inglês para “viciado em trabalho” seu significado também é ampliado para “trabalhador compulsivo” usado para aqueles que, seja por prazer ou necessidade, colocam seu trabalho em primeiro plano. Consequentemente, a vida pessoal é deixada de lado, trazendo consequências físicas e emocionais.
Quais são as causas?
O avanço da tecnologia, como o uso dos smartphones, proporcionou que muitas pessoas trabalhassem de qualquer lugar, aumentando assim os “viciados” em trabalho. Além disso, com o período pandêmico e home office, os limites entre o que é local de trabalho e ambiente familiar foram colocados em cheque, prejudicando até mesmo a percepção de horas trabalhadas.
Quando tratamos dos benefícios materiais, algumas empresas estimulam esse comportamento ao trabalhar com remuneração variável, utilizando prêmios e/ou participação nos lucros. Também há outros ganhos não-materiais, como o status que acompanha alguns cargos, que podem ser sinônimo de autoridade, poder, respeito, que são reforçadores sociais, dentro e fora da empresa.
Também pode ocorrer uma situação oposta: o indivíduo precisa “mostrar serviço”, para que não seja repreendido por um superior e coloque seu cargo em risco.
Outra causa identificável é a esquiva da vida pessoal, ou seja, o trabalho torna-se um refúgio para evitar o enfrentamento de um problema com a família ou amigos.
Essas são apenas algumas possibilidades, e algumas consequências de ser um workaholic podem ser sentidas apenas no longo prazo. Fique atento (a) a alguns sinais importantes:
- Sua família está afetivamente distante, e/ou carente.
- Dentro da dinâmica familiar você é sempre o último a saber, e as pessoas não solicitam mais a sua ajuda.
- Com os amigos, você recebe poucos convites para eventos, pois raramente comparece.
- Você já não pratica seus hobbys ou atividades não-profissionais de sua preferência.
- Quando encontra um tempo livre, se dedica a algo do trabalho. Caso contrário, sente-se culpado (a) por não estar usando esse tempo de forma “útil” .
- Já nota sinais de fadiga física e emocional: alterações no sono, no apetite e no humor, stress, ansiedade, sentimentos de fracasso e insegurança, gastrite, aftas, dores nas costas, diminuição da capacidade de concentração, etc. Esse pode ser início da Síndrome de Burnout, causada pelo esgotamento profissional.
Se identificou? É fundamental buscar ajuda para retomar sua qualidade de vida e bem-estar. A psicoterapia irá auxiliá-lo a compreender a origem do problema, o modo como ele se mantém e se relaciona com outros aspectos de sua vida. Assim é possível verificar quais estratégias devem ser desenvolvidas, para que você tenha uma vida harmônica em todos os âmbitos, profissional e pessoal. O apoio psicológico também é um dos pilares no tratamento da Síndrome de Burnout.
Para prevenção, cultive bons hábitos de vida: tenha boas noites de sono, uma alimentação equilibrada e tempo de qualidade com amigos e família, respeitando as horas definidas para o seu trabalho. Caso tenha dificuldade de realizar essa separação, busque apoio! Estou à disposição!