A fé e a religião são elementos intrínsecos à visão de mundo daqueles que creem. Elas têm o poder de refletir nas noções de vida e morte de cada indivíduo, desempenhando um papel reconfortante na elaboração do luto.
Dependendo da crença, a fé pode atribuir significado à perda, aumentar a esperança e até mesmo trazer a perspectiva de um reencontro. O psicólogo, por sua vez, deve considerar a visão espiritual do paciente, respeitando suas escolhas e tratando a fé como um recurso terapêutico, caso esteja alinhado com os valores do paciente.
Por outro lado, algumas pessoas enfrentam momentos de revolta, dilemas éticos e optam por negar sua espiritualidade nesses momentos difíceis. Em ambos os casos, é crucial acolher essas emoções sem julgamentos ou opiniões.
A terapia proporciona um espaço seguro e acolhedor, no qual o profissional não deve interferir de maneira inadequada no processo. É fundamental respeitar a diversidade de crenças, garantindo que o paciente se sinta compreendido e apoiado em sua jornada. E caso seja positivo, utilizar a fé como uma ferramenta positiva nesse processo de amenizar e ressignificar a dor.