Como conversar sobre a morte com uma criança?

Os pequenos são capazes de lidar, de maneira saudável, com o luto? Sim, mas é importante que nós, adultos, estejamos ao seu lado. 

Cada criança compreende a morte de acordo com sua faixa etária e bagagem cultural. De maneira geral, vemos inclusive nas brincadeiras, que crianças de 3 a 4 anos enxergam a morte como algo reversível. 

Entre os 5 e 9 anos, a morte já é percebida como irreversível, mas é algo distante, que só ocorre com os outros. A partir dos 9 anos é a idade em que as crianças passam a entender que morrer é natural, pode ocorrer com sua família, amigos e com elas próprias um dia.

Seguem algumas dicas práticas de como introduzir o tema e dar o suporte necessário ao pequeno: 

• No momento de dar a notícia sobre a morte à criança, a explique de forma cuidadosa, mas simples e sincera. Não tente atenuar dizendo que o ente falecido dormiu ou foi viajar. Isso dificulta o entendimento da perda como algo definitivo, causa esperança de regresso, confusão e angústia. 

• Mantenha-se próximo físico e emocionalmente, especialmente após uma perda. Esteja disposto a conversar, abraçar e acolher a criança.

• Não deixe que a criança se culpe pela morte que ocorreu.

• Assim como nos adultos, as reações seguintes poderão ser imediatas ou tardias: choro constante, irritação, perda de apetite, dificuldade para dormir, pesadelos, medo de ficar sozinho, dificuldades na escola… Monitore, respeite e acolha. 

• Se houver velório, enterro ou ritos fúnebres, explique para a criança o que ela verá. Caso ela deseje ir, respeite suas vontades e tempo de permanência. 

Busque apoio psicológico caso perceba comportamento inadequado ou prolongado por parte da criança. Isso pode representar uma maior dificuldade em lidar com o luto. Estou à disposição!

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