A violência contra a mulher é um fenômeno de proporções globais. É um grave problema de saúde pública e está presente em diversas culturas, classes sociais, etnias e religiões, acompanhando a história da humanidade.
A Lei Maria da Penha, criada em 2006, é a normativa de prevenção, assistência e punição à violência doméstica contra as mulheres mais relevante do Brasil. Ela surgiu a partir da luta por uma política mais incisiva de punição aos agressores e proteção às vítimas em 5 tipos violência no âmbito doméstico/conjugal: física, psicológica, sexual, moral e patrimonial.
Apesar dessa lei, atualmente, estudos ainda revelam que o sentimento de supremacia masculina continua a confrontar a autonomia feminina, além de confirmar o alarmante indício de comprometimento da saúde psíquica das mulheres vítimas de abusadores – quando estas, caladas, desenvolvem transtorno de estresse, depressão e insônia, juntamente ao aparecimento dos sinais de agressão.
As marcas da violência psicológica não são tão visíveis e expostas, porém são igualmente dolorosas e deixam feridas emocionais de difícil cicatrização. Muitas mulheres sequer se dão conta de que estão em um relacionamento abusivo! Como identificar, então, esse tipo de violência psicológica?
Se o seu companheiro não te bate, mas:
- Critica seu corpo a todo momento;
- Te isola da família e dos amigos;
- Não te deixa trabalhar ou estudar;
- Ridiculariza seus sonhos;
- Não te apoia em nada;
- Vigia cada passo seu;
- Controla seu salário e seus bens;
- Não te deixa usar roupas que você gosta;
- Viola sua intimidade;
- Quer controlar as suas ações;
- Faz você se sentir culpada;
- Te deixa constrangida na frente das pessoas;
- Te manipula e faz chantagens emocionais.
Todos os tópicos citados caracterizam um relacionamento tóxico, abusivo e potencialmente prejudicial à saúde mental.
Como visto, violência contra mulher não é só física: a agressão psicológica existe, e deixa marcas profundas, tirando o poder, a autonomia, a autoestima e o auto amor das mulheres. Estes atos podem ser de difícil percepção por quem está envolvido e é por esse motivo que precisamos ficar ainda mais atentas.
Sabemos que não é tão simples conseguir se retirar de um relacionamento abusivo, por uma série de fatores, que podem ir desde razões emocionais à dependência financeira.
A violência doméstica contra a mulher associada a questões de gênero permanece acometendo muitas cidadãs, mas por mais difícil que pareça, com o auxílio psicológico adequado é possível se libertar de um abusador e retomar o cultivo de uma boa saúde mental, melhorando seu bem-estar e qualidade de vida. Estou aqui para te ajudar!