Desde a gestação, a mulher passa por profundas transformações metabólicas, físicas e psicológicas. A expectativa de estar gerando um novo ser, imaginando como será a primeira vez que o pegará no colo e amamentará, é motivo de grande ansiedade por esse encontro tão mágico.
Mas, quais são os aspectos omitidos sobre este momento? Fora da idealização, como é a maternidade real? É sobre isso que precisamos conversar.
Principalmente através das mídias sociais, muitas mamães – de primeira viagem ou não – passaram a compartilhar suas experiências com a maternidade, mostrando que de fato “nem tudo são rosas”.
O que é cada vez mais enfatizado são as representações sociais da maternidade, que estão culturalmente encerradas no mito da “mãe perfeita” e o quanto isso é irreal.
Nessa perspectiva, é suposto que a maternidade é parte inerente do ciclo vital feminino e que, portanto, a mulher desenvolve naturalmente um amor incondicional pelos filhos, tornando-se a pessoa mais capacitada para cuidar dos mesmos. Qual é o problema aqui?
A questão é que é desconsiderado o fato de que a maternidade é um processo, principalmente, de desenvolvimento pessoal e amadurecimento – que pode não acontecer de forma tão fluida e natural, como a sociedade espera.
Com o nascimento de um filho, nasce também uma nova mulher, com demandas completamente diferentes das quais já viveu.
Além disso, essa idealização do “maternar” entra em conflito com a realidade – e é com esse ‘choque’ que surgem sentimentos de incapacidade e irresponsabilidade, por exemplo, acarretando sofrimento psicológico por parte dessas mamães.
Pois é, a internet é palco de muitas fotos de mães e bebês sorrindo, registros de uma amamentação tranquila e sem dificuldades – mas o que está nos bastidores desses momentos, só quem já é mãe sabe.
Estudiosos da psicologia observam que essa exposição das mães e seus bebês, observada nessas redes virtuais, está ligada a aspectos narcisistas intrínsecos dessas mulheres. Uma ação que reforça a cultura marcada pela valorização da imagem e não da realidade.
Por isso, esse movimento que mostra o “Lado B” da maternidade é essencial, a fim de quebrar tabus e desmistificar a perfeição da maternidade, trazendo à tona o que é realmente vivenciado.
Ao compartilharem seus desafios, preocupações e inseguranças, essas mulheres acabam acalentando outras mães que, ao se identificarem com determinadas situações, percebem que não estão sozinhas.
É sempre bom poder contar com uma rede de apoio – família, amigos e seu psicólogo de confiança – para caminhar neste novo caminho tão desafiador com mais tranquilidade, segurança, clareza e felicidade.
Se você está descobrindo agora o que é a maternidade real, na prática, saiba que eu posso e adoraria te ajudar nessa trajetória. Vamos juntas?