Mesmo que pai e mãe tenham papéis semelhantes, ambos são indiscutivelmente importantes na formação emocional de seus filhos. A presença constante da figura do pai é de grande importância para o crescimento e desenvolvimento psicológico do indivíduo, e quando há essa carência e abandono (ainda que o pai compartilhe o mesmo teto, mas não se esforce para construir uma conexão), pode causar problemas emocionais que acompanham a infância até a vida adulta.
Vamos conversar sobre alguns deles?
Insegurança
Filhos de pais ausentes podem ser mais inseguros e dependentes emocionalmente em suas relações, pois têm medo da decepção e abandono.
Revolta
A falta de suporte paterno pode gerar uma rebeldia direcionada ao pai, ou qualquer outra representação de autoridade. A fase mais crítica ocorre na adolescência.
Propensão a distúrbios psicológicos
Depressão, ansiedade, compulsões alimentares, vícios são relacionados aos gatilhos deste abandono, que podem levar a baixa autoestima e à carência afetiva.
Dificuldade de estabelecer relações saudáveis
O medo de cortar laços e perder quem ama, pode ser um obstáculo para se afastar de vínculos nocivos, permitindo-se viver relações abusivas e infelizes.
Por outro lado, também pode ocorrer repetição de padrões: homens que quando se tornam pais perpetuam o ciclo de abandono.
Como elaborar essa falta para amenizar suas consequências?
Para os filhos, é importante entender que não são culpados, eles são responsáveis apenas por trilhar o seu próprio caminho. E direcionar a sua gratidão, amor e reconhecimento às pessoas ativas em sua criação como a mãe, avós, tios, etc.
A terapia é um espaço acolhedor em que é possível identificar e elaborar essa ausência e consequências. E, até mesmo, conversar sobre a possibilidade de reconstrução de laços afetivos com o seu pai, caso ainda seja desejado e possível. Conte comigo!